De todas as histórias há uma que se rende mais, sobre os passeios da madrugada, sobre os amores não findados. E há quem as saiba ouvir em doces amanheceres invernosos onde nem a chuva ou a neve deixam abafar qualquer sombra de desejo ardente. Há as histórias perdidas nos mares altos em grandes naufrágios, em ilhas desertas... mas nem essas fazem partir os desejos, o doce encontro das melodias, das palavras que não se dizem. Nem mesmo o tempo se deixa coexistir do momento pois a hora chegou de mansinho para se apresentar, para nascer, para começar o novo dia que tardou a chegar. Pois há histórias que para sempre ficarão guardadas dentro dos mais escondidos cantos do mundo, histórias que foram feitas para contar. Pois o amor não se deixa morrer ou adoecer, deixa-se ficar para todo o sempre. E por isso sigo em frente já sem dor. Sigo em frente porque te amo demais para deixar apagar aquilo que foi. A ti e a mim meu amor.
AS ESTRELAS OLHAM PARA NÒS
(Este não é o tipo de texto que geralmente coloco aqui. Seria mais adequado ao meu outro blog. Contudo, sei que por aqui chego a mais pessoas.)
Há muito que discuto a minha visão sobre os direitos à liberdade de expressão. No caso concreto à liberdade de ser-se gay. Já sei o que muitos vão dizer... afinal é mesmo isso que está em discussão: Onde está o limite entre a nossa privacidade e a luta por uma causa?
Muitos dizem que a luta já não faz sentido, que os tempos estão a mudar... e eu vejo essas mudanças, mas também tenho vindo a assistir a um retrocesso. Estaremos a dormir para não vermos isso? Que a habituação a uma condição “aceitável” nos está a levar de novo para trás?
A liberdade está em constante mudança, anda para a frente e é ao seu lado que devemos caminhar. Não é fácil, pois não, é muito difícil por vezes... mas se temos força para o fazer o que ainda fazemos parados? Acho que a fase de sermos respeitados já devia ter passado. Devíamos sim estar na fase da normalidade, da não confrontação, de pura e simplesmente podermos ser porque sim, porque o somos.
Talvez o meu passado me tenha trazido nesta direcção. Talvez o ter ouvido “Tu não és meu filho” tenha deixado uma marca profunda. Hoje sei que não só sou respeitado pelo meu pai como compreendido e aceite. E isso é um sentimento que ninguém mais me pode tirar. Privacidade? Eu só queria que todos pudessem sentir isto.
As palavras são muito reduzidas para se poder dizer tudo aquilo que se quer. Mas ainda fico triste quando ouço alguém dizer: “Os meus pais sabem e aceitam, mas eu nem quero que eles me perguntem por namorados que fico constrangido.” Constrangido com o quê, pergunto eu? Tudo começa em nós. Em mim e em ti. Não podemos alterar o mundo se não nos alterarmos primeiro a nós.
É difícil, é complicado, mas temos de começar por algum lado. Afinal as coisas não estão tão diferentes como antigamente. Recomendo vivamente o visionamento do filme “Milk”. Eu sei que as pessoas não mudam por ver um filme e muitos apesar de emocionados com a história vão continuar a defender-se de si mesmos. Nem eu sei se estou certo...
AS ESTRELAS OLHAM PARA NÓS
Através do escuro
Através da noite
Através do medo
Através da luta
Através das tempestades
Através das lágrimas
Apesar dos pés estarem cansados
Apesar da alma estar desgasta
Apesar de nos tentarem mandar abaixo
Apesar de por vezes nos sentirmos sozinhos
Temos de nos unir e lutar juntos
No escuro, no meio da trovoada
Lado a lado, ombro a ombro
Para nos confortarmos uns aos outros
E as estrelas olham para a nossa luta
E as estrelas indicam-nos o caminho
E as estrelas olham para nós
E estamos unidos para viver mais um dia
Quando as estrelas olharem e souberem da nossa história
Quando as estrelas olharem o nosso passado
Dir-nos-ão que teremos um futuro
Quando formos um só debaixo do sol
E apesar de nas nossas mãos ter corrido sangue
E apesar de estarmos cansados
E apesar dos nossos corações estarem a ponto de quebrar
Nunca podemos renunciar a confiança
E lutaremos através da dor
Mas nunca deixaremos de ter esperança
De uma vida honesta e orgulhosa
E é por isso que estaremos juntos
Através das geadas, do granizo e da neve
As estrelas são a nossa redenção
As estrelas olham para nós quando somos abandonados
As estrelas olham para nós no breu da noite
As estrelas olham para nós e iluminam-nos o caminho
Saímos à rua juntos
Saímos como um só
Saímos pela vitória
Saímos até conseguirmos
Eleva-me e segura-me gentilmente
Levanta-me e segura-me bem alto
Através das noites escuras
Vai chegar o dia em que voaremos
E apesar de termos sido rejeitados
E apesar de termos sido postos de lado
Vamos encontrar um novo amanhã
Onde poderemos finalmente descansar
E aí vamos levantar-nos com orgulho
E nunca mais estaremos sós
E poderemos regressar
Para as nossas casas
As estrelas olham para nós e vêem o seu reflexo
As estrelas olham para nós e vêem luz
As estrelas olharão para nós e verão justiça
E o que está certo
As estelas olham para nós e vêem a luta
As estrelas olham para nós e vêem a dor
Mas as estrelas vão guiar-nos para onde a luz brilha outra vez
Quando formos um só debaixo do sol
Um só debaixo do sol
Todos juntos
Quando formos um só todos juntos
Quando formos um só a lutar pela vitória
Quando formos um só até ao fim
Há muito que discuto a minha visão sobre os direitos à liberdade de expressão. No caso concreto à liberdade de ser-se gay. Já sei o que muitos vão dizer... afinal é mesmo isso que está em discussão: Onde está o limite entre a nossa privacidade e a luta por uma causa?
Muitos dizem que a luta já não faz sentido, que os tempos estão a mudar... e eu vejo essas mudanças, mas também tenho vindo a assistir a um retrocesso. Estaremos a dormir para não vermos isso? Que a habituação a uma condição “aceitável” nos está a levar de novo para trás?
A liberdade está em constante mudança, anda para a frente e é ao seu lado que devemos caminhar. Não é fácil, pois não, é muito difícil por vezes... mas se temos força para o fazer o que ainda fazemos parados? Acho que a fase de sermos respeitados já devia ter passado. Devíamos sim estar na fase da normalidade, da não confrontação, de pura e simplesmente podermos ser porque sim, porque o somos.
Talvez o meu passado me tenha trazido nesta direcção. Talvez o ter ouvido “Tu não és meu filho” tenha deixado uma marca profunda. Hoje sei que não só sou respeitado pelo meu pai como compreendido e aceite. E isso é um sentimento que ninguém mais me pode tirar. Privacidade? Eu só queria que todos pudessem sentir isto.
As palavras são muito reduzidas para se poder dizer tudo aquilo que se quer. Mas ainda fico triste quando ouço alguém dizer: “Os meus pais sabem e aceitam, mas eu nem quero que eles me perguntem por namorados que fico constrangido.” Constrangido com o quê, pergunto eu? Tudo começa em nós. Em mim e em ti. Não podemos alterar o mundo se não nos alterarmos primeiro a nós.
É difícil, é complicado, mas temos de começar por algum lado. Afinal as coisas não estão tão diferentes como antigamente. Recomendo vivamente o visionamento do filme “Milk”. Eu sei que as pessoas não mudam por ver um filme e muitos apesar de emocionados com a história vão continuar a defender-se de si mesmos. Nem eu sei se estou certo...
AS ESTRELAS OLHAM PARA NÓS
Através do escuro
Através da noite
Através do medo
Através da luta
Através das tempestades
Através das lágrimas
Apesar dos pés estarem cansados
Apesar da alma estar desgasta
Apesar de nos tentarem mandar abaixo
Apesar de por vezes nos sentirmos sozinhos
Temos de nos unir e lutar juntos
No escuro, no meio da trovoada
Lado a lado, ombro a ombro
Para nos confortarmos uns aos outros
E as estrelas olham para a nossa luta
E as estrelas indicam-nos o caminho
E as estrelas olham para nós
E estamos unidos para viver mais um dia
Quando as estrelas olharem e souberem da nossa história
Quando as estrelas olharem o nosso passado
Dir-nos-ão que teremos um futuro
Quando formos um só debaixo do sol
E apesar de nas nossas mãos ter corrido sangue
E apesar de estarmos cansados
E apesar dos nossos corações estarem a ponto de quebrar
Nunca podemos renunciar a confiança
E lutaremos através da dor
Mas nunca deixaremos de ter esperança
De uma vida honesta e orgulhosa
E é por isso que estaremos juntos
Através das geadas, do granizo e da neve
As estrelas são a nossa redenção
As estrelas olham para nós quando somos abandonados
As estrelas olham para nós no breu da noite
As estrelas olham para nós e iluminam-nos o caminho
Saímos à rua juntos
Saímos como um só
Saímos pela vitória
Saímos até conseguirmos
Eleva-me e segura-me gentilmente
Levanta-me e segura-me bem alto
Através das noites escuras
Vai chegar o dia em que voaremos
E apesar de termos sido rejeitados
E apesar de termos sido postos de lado
Vamos encontrar um novo amanhã
Onde poderemos finalmente descansar
E aí vamos levantar-nos com orgulho
E nunca mais estaremos sós
E poderemos regressar
Para as nossas casas
As estrelas olham para nós e vêem o seu reflexo
As estrelas olham para nós e vêem luz
As estrelas olharão para nós e verão justiça
E o que está certo
As estelas olham para nós e vêem a luta
As estrelas olham para nós e vêem a dor
Mas as estrelas vão guiar-nos para onde a luz brilha outra vez
Quando formos um só debaixo do sol
Um só debaixo do sol
Todos juntos
Quando formos um só todos juntos
Quando formos um só a lutar pela vitória
Quando formos um só até ao fim
UNS DIZEM...
Uns dizem que é com o tempo, os outros não sabem bem o que dizer. É sempre a saudade que nos mantém presos. De cama em cama um desejo que não tenho. A busca de um prazer que ficou longe, perdido no tempo, congelado na memória. Mas são as linhas das mãos que contam a história.
Uns dizem que é com a vida, os outros não sabem bem o que dizer. A vida ensina-nos muito, mas temos de querer aprender. Amanhã já não contamos com ela. Foi-se. E o que restou para quem ficou restará para quem ficará. Mas as memórias são fracas diz Lewis. E a dor... ai a dor, que se espelha nos reflexos da cidade... não ficará para contar o que não viveu.
Uns dizem que é com a vontade, os outros não sabem bem o que dizer. Na hora h entra-se em histeria. Quando é a altura certa já esta deixou de ser. O desejo corroi-se por dentro com a negação do afecto. A negação de quem somos. A negação do que queremos. É a vontade de correr com os pés presos.
Uns dizem que não é com nada, os outros não sabem o que dizer. Esperam sentado por uma vontade de viver o tempo...
Uns dizem que é com a vida, os outros não sabem bem o que dizer. A vida ensina-nos muito, mas temos de querer aprender. Amanhã já não contamos com ela. Foi-se. E o que restou para quem ficou restará para quem ficará. Mas as memórias são fracas diz Lewis. E a dor... ai a dor, que se espelha nos reflexos da cidade... não ficará para contar o que não viveu.
Uns dizem que é com a vontade, os outros não sabem bem o que dizer. Na hora h entra-se em histeria. Quando é a altura certa já esta deixou de ser. O desejo corroi-se por dentro com a negação do afecto. A negação de quem somos. A negação do que queremos. É a vontade de correr com os pés presos.
Uns dizem que não é com nada, os outros não sabem o que dizer. Esperam sentado por uma vontade de viver o tempo...
BARCELONA by GUILLO & LOS TELLARINI
Porque tanto perderse tanto buscarse sin encontrarse
me encierran los muros de todas partes
Barcelona te esta's equivocando no puedes seguir ignorando
que el mundo sea otra cosa y volar como mariposa.
Barcelona hace un calor que me deja
fri'a por dentro con este vicio de vivir mintiendo
que bonito seria tu mar si supiera yo nadar.
Barcelona y mientras esta' llena de cara de gente extranjera,
Conocida, desconocida y vuelta a ser transparente.
No insisto ma's Barcelona
si no es cosa de tus ritos tu laberinto extrovertido.
No he encontrado la razon porque me duele el corazon
porque es tan fuerte que solo podre' vivirte en la distancia
y escribirte una cancion.
Te quiero Barcelona
me encierran los muros de todas partes
Barcelona te esta's equivocando no puedes seguir ignorando
que el mundo sea otra cosa y volar como mariposa.
Barcelona hace un calor que me deja
fri'a por dentro con este vicio de vivir mintiendo
que bonito seria tu mar si supiera yo nadar.
Barcelona y mientras esta' llena de cara de gente extranjera,
Conocida, desconocida y vuelta a ser transparente.
No insisto ma's Barcelona
si no es cosa de tus ritos tu laberinto extrovertido.
No he encontrado la razon porque me duele el corazon
porque es tan fuerte que solo podre' vivirte en la distancia
y escribirte una cancion.
Te quiero Barcelona
DESPERTAR
Os anos passam e continuo a fazer contas à vida, é mais um dia... é mais um! É só mais um. Atendo o telefone simplesmente porque ele toca, em tempos tocava menos, mas também sabia melhor quando tocava. Não gosto de mensagens, gosto de falar, de me expressar. Sou demasiado expressivo para pequenos textos rápidos. És tu outra vez... não, não te quero ouvir mais uma vez. Estou cansado de dar conselhos, cansado de ser um ombro amigo. O meu corpo já não reage... cada vez menos. Boneco insuflável. Toca a campainha... ah és tu! Também não te quero ver. Deixei a louça toda em cima do balcão e alguns cabides desarrumados. O que é feito daquela roupa? Deve ter ficado esquecida algures. Não quero pensar nisso. Acerto os relógios da casa, cada um tem a sua hora... vicio de quem tem o vício de não se atrasar. Quanto mais perto da porta mais o relógio está adiantado. Estou atrasado! Não... na verdade não estou. É tudo estratégia. Tomo um comprimido, estou a sentir-me febril e isso não é bom. Bom era ter mais tempo para ler. Acordo com dores no corpo... estou terrivelmente atrasado. Deixei-me dormir em pensamentos. Desligo o telefone e fecho a porta. Lá fora pode ser o mundo, mas aqui sou só eu.
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