Acção passada sexta-feira dia 25 de Dezembro de 1992
Quando António aceita a proposta feita no bar
Subiram as escadas do prédio e o coração de António começou a acelerar. Perguntava-se se estaria a fazer a coisa certa, se estaria com a pessoa certa, se estaria na altura certa. Aos vinte e dois anos ainda tinha muitas dúvidas na sua cabeça, muitas perguntas sem resposta e no entanto ali estava ele, na casa de um desconhecido que metera conversa consigo horas antes no bar. A princípio levou aquilo como uma brincadeira só que nunca pensou que essa mesma chegasse tão longe.
António tinha dúvidas no que tocava à sua orientação sexual. Nos últimos tempos tinha vindo a sentir-se atraído por outros homens e não sabia como lidar com isso. Começou a dar por si sentado em bares gay, com uma bebida na frente, onde simplesmente apreciava o que o rodeava deixando-se sempre como espectador. Tentava perceber se o que ali se passava fazia algum sentido para si. Nascido no seio do catolicismo, nada daquilo era de bom tom.
Tinha saído, naquele dia em especial, para espairecer a cabeça. Os natais em família eram sempre stressantes com todas as discussões, que anualmente não diferiam muito, e todas as falsidades que o deixavam extremamente triste. O dia, que era suposto ser para valorizar o amor e a comunhão, virava num verdadeiro inferno.
A porta já estava aberta, mas António, perdido nos seus pensamentos, nem tinha dado por isso.
- Podes entrar, não tens de ficar à porta. Eu tenho de ir só à casa de banho, entra e fica à vontade. A cozinha é ali, tens bebidas no frigorífico, podes servir-te que eu volto já.
António olhou à sua volta e deparou-se com uma casa caótica, a precisar de uma boa limpeza. Por todo o lado podiam ver-se roupas espalhadas, livros amontoados, cinzeiros a abarrotar distribuídos por todos os cantos, a mesa ainda posta com os restos do jantar e algumas plantas meio mortas no parapeito da janela. Arregalou os olhos e pensou que o melhor era nem dirigir-se à cozinha.
Quando António aceita a proposta feita no bar
Subiram as escadas do prédio e o coração de António começou a acelerar. Perguntava-se se estaria a fazer a coisa certa, se estaria com a pessoa certa, se estaria na altura certa. Aos vinte e dois anos ainda tinha muitas dúvidas na sua cabeça, muitas perguntas sem resposta e no entanto ali estava ele, na casa de um desconhecido que metera conversa consigo horas antes no bar. A princípio levou aquilo como uma brincadeira só que nunca pensou que essa mesma chegasse tão longe.
António tinha dúvidas no que tocava à sua orientação sexual. Nos últimos tempos tinha vindo a sentir-se atraído por outros homens e não sabia como lidar com isso. Começou a dar por si sentado em bares gay, com uma bebida na frente, onde simplesmente apreciava o que o rodeava deixando-se sempre como espectador. Tentava perceber se o que ali se passava fazia algum sentido para si. Nascido no seio do catolicismo, nada daquilo era de bom tom.
Tinha saído, naquele dia em especial, para espairecer a cabeça. Os natais em família eram sempre stressantes com todas as discussões, que anualmente não diferiam muito, e todas as falsidades que o deixavam extremamente triste. O dia, que era suposto ser para valorizar o amor e a comunhão, virava num verdadeiro inferno.
A porta já estava aberta, mas António, perdido nos seus pensamentos, nem tinha dado por isso.
- Podes entrar, não tens de ficar à porta. Eu tenho de ir só à casa de banho, entra e fica à vontade. A cozinha é ali, tens bebidas no frigorífico, podes servir-te que eu volto já.
António olhou à sua volta e deparou-se com uma casa caótica, a precisar de uma boa limpeza. Por todo o lado podiam ver-se roupas espalhadas, livros amontoados, cinzeiros a abarrotar distribuídos por todos os cantos, a mesa ainda posta com os restos do jantar e algumas plantas meio mortas no parapeito da janela. Arregalou os olhos e pensou que o melhor era nem dirigir-se à cozinha.
5 comentários:
Q horas te pego para o sapateado??
=)
adorei matar a saudade mesmo que pelo telefone.
boa sorte na maratona final...vais arrasar!
Beijo ou melhor.. xêro!
=)
parece-me bem
É verdade, o mundo é mesmo pequeno. Também não esperava encontrar-te por aqui, na blogosfera, e ainda por cima com o Pinguim como conhecimento comum. Quando vi o teu famoso "burgueses e rebeldes" no mail do Pinguim, só pensei : xiça, isto é mesmo um alguidar! lol
Quanto ao jantar, gostava de ir :)mas para não dar barracada e confirmar antes de tempo, mais perto da data dou certezas ;)
E claro, é sempre mais uma forma de mantermos o contacto ;)
Beijocas
Comentário completamente à parte do conteúdo do post: 1) parabéns atrasados... percebi que eras mais um carneiro pelo comentário do Pinguim. 2) obrigado pelo link para o felizes juntos!
Um abraço
Eu não sei se as pessoas vão ler isto mas aqui fica o registo na mesma:
Agua di coco: Saudades dessa nossa vida nordestina, onde tinhamos uma boa vida cheia de musica, boa comida e tap tap dance... temos mesmo de encontrar uma forma de colmatar essas faltas. Adorei o telefonema. Saudades.
aequillibrium: Fico contente que te pareça bem! :)
catwoman: Life is a Cabaret
paulo: Obrigado pelos parabéns, sim sou mais um carneiro que anda por aqui a dar marradas na vida. E não tens de agradecer pelo link... desde que permaneçam felizes juntos.
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