Uma surpresa é sempre uma surpresa. E que surpresa teve quando abriu a porta e viu a sua mãe! Estava longe e tudo não pareceu mais do que uma imagem na sua mente. Uma imagem que demorou a tornar-se real, sendo que nunca lhe pareceu efectivamente real aquela presença no seu novo mundo. E mesmo que tenha tirado fotos para o comprovar, ainda assim, jurava que não havia acontecido. Mas era mesmo ela, a sua mãe, de braços abertos para o abraçar e juntos viverem um pouco mais de um tempo a dois.
O mesmo sorriso, o mesmo olhar, o mesmo coração... batia agora em uníssono de saudade recuperada, de longe memória apenas falada. E foi então que se apercebeu que havia mudado. Já não era o mesmo, estava crescido, no mundo dos adultos, onde a terra que os seus pés pisavam não era mais do que um caminho escabroso de labirintos infinitos por onde se ia perdendo e achando; onde a força tinha mais força que o próprio significado de força. Pois a vontade acarretava consigo esse vigor, em tempos imaginado, nunca antes vivido. Já que a vontade no seu habitat natural não passa de um capricho. De um dado adquirido.
Fechou os olhos e voltou a focar. E só tempos mais tarde correu para os seus braços sentido aquele aperto que une dois corpos há muito separados pela distância. Não que o muito fosse efectivamente muito, mas ali o tempo passava a triplicar. Qualquer palavra que viesse do outro lado era ampliada ou reduzida três vezes do seu sentido mais puro. E puderam falar no mesmo tom, frente a frente, olhos nos olhos, sem que tudo parecesse uma voz no fundo do túnel. Mas rapidamente tudo se esvaneceu. E a voz foi ficando cada vez mais longe, mais remota, afastada, ausente... e ponderou que tudo não tivesse passado de um sonho. Um bom sonho. Finalmente um bom sonho! Um sonho que jurava ter sido verdade...
O mesmo sorriso, o mesmo olhar, o mesmo coração... batia agora em uníssono de saudade recuperada, de longe memória apenas falada. E foi então que se apercebeu que havia mudado. Já não era o mesmo, estava crescido, no mundo dos adultos, onde a terra que os seus pés pisavam não era mais do que um caminho escabroso de labirintos infinitos por onde se ia perdendo e achando; onde a força tinha mais força que o próprio significado de força. Pois a vontade acarretava consigo esse vigor, em tempos imaginado, nunca antes vivido. Já que a vontade no seu habitat natural não passa de um capricho. De um dado adquirido.
Fechou os olhos e voltou a focar. E só tempos mais tarde correu para os seus braços sentido aquele aperto que une dois corpos há muito separados pela distância. Não que o muito fosse efectivamente muito, mas ali o tempo passava a triplicar. Qualquer palavra que viesse do outro lado era ampliada ou reduzida três vezes do seu sentido mais puro. E puderam falar no mesmo tom, frente a frente, olhos nos olhos, sem que tudo parecesse uma voz no fundo do túnel. Mas rapidamente tudo se esvaneceu. E a voz foi ficando cada vez mais longe, mais remota, afastada, ausente... e ponderou que tudo não tivesse passado de um sonho. Um bom sonho. Finalmente um bom sonho! Um sonho que jurava ter sido verdade...
2 comentários:
Este post retrata bem um simultaneo entre o Amor de Mãe e a saudade que alimenta alma do viajante... do ser que por momentos parece encontrar um construir de um habitat com raizes próprias, um começar de novo que se ergue dia após dia, noite após noite.... mas perante o silêncio, sente-se o universo das raizes estabelecidas e essas estão longe em espaço, e em tempo que escorre como o vento... Ai só resta um dizer ainda puro, o Fado, que Portugues se entrega a esse sentimento que não se traduz nem se descreve, apenas existe, saudade!
Belo este teu sonho vivo, alimentado de momentos especiais!
Um abraço grande! Miss U!
Lágrimas que ficaram escondidas no interior do meu ser correram neste momento quatro a quatro....muita emoção para um tempo tão curto !
Mas são lágrimas de alegria porque aquilo que nos pareceu um sonho...foi uma realidade ! E temos fotos para comprovar ....lol
Foi demasiao bom, demasiado intenso e talvez muitas palavras não foram ditas...porque não é necessário...a cumplicidade dita-as!
ups....ligaste-me...e não me conseguir conter...lol quis ser forte a teu lado....mas agora ...
mas são lágrimas de muita alegria..
Continua a seguir em frente...provaste a ti próprio que és forte...e estarei eternamente a teu lado....
um beijão do tamanho do Atlantico
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