Este ano usámos a mesa grande pela primeira vez e tu estavas lá comigo para a estrearmos. O mais complicado não foi levar-te até lá mas sim comprar a toalha para ela – as medidas convencionais não lhe cabem. Àquela mesa sentaram-se as pessoas das quais me fui habituando ao longo de todos estes anos. As mesmas caras, os mesmos feitios, as mesmas conversas. Mais uma vez foi luzes câmaras acção e o filme começou a rodar. Já tinha visto este filme. Mas quem quer saber? Era Natal e as regras mandam que assim seja. Mas o Natal não se faz naquele dia. O Natal faz-se todos os domingos do ano quando me sento àquela mesma mesa com as pessoas que eu mais amo. Onde verdadeiramente se partilha o amor, as alegrias, as tristezas... O Natal não é um dia, o Natal é o espírito e o espírito existe sempre que nós quisermos.
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Rui Ochoa: a arte de fotografar e escutar
Há 13 horas
2 comentários:
Concordo ... apesar de por muitas vezes não nos sentarmos à mesa exactamente com as pessoas que mais gostaríamos ... pior, quando temos a estranha sensação que não são as pessoas mais especiais para nós, aquelas com que partilhamos mais tempo
E que venham muitos mais domingos á mesa com as pessoas que amas. Só assim a vida faz sentido. Nada vale se se perderem Natais assim.
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