Caminhou até à paragem do autocarro. Já eram horas das crianças estarem na cama mas ele ainda andava pelas ruas. Imaginou os pais a deitarem os seus filhos – e ele que não podia ter filhos; mas mesmo assim continuou a andar com um sorriso na cara. Sem se aperceber começou a assobiar e logo de seguida começou a sapatear pela rua fora. Só faltava mesmo a chuva. As pessoas que passavam por si deviam achar que estava louco, mas ele não se importava. O que lhe importava era o facto de não estar a chover e de não existirem candeeiros antigos. E lá ia ele, rua fora até à paragem dançando e cantando sem se preocupar com o mundo à sua volta – na verdade era assim mesmo que ele via o mundo: as pessoas a dançar e a cantar. Chegou à paragem e ainda ficou a bater os pés, mas agora em movimentos mais pequenos.
Durante a viagem imaginou que toda a gente o acompanhava, que toda a gente cantava com grandes sorrisos nos rostos e com grande alegria na alma. Mas na verdade ia tudo quieto, a pensar nas coisas da vida, um rapaz mais à frente ia lendo um livro de poesia, uma senhora ouvia música e um rapazinho ia muito concentrado nos ritmos que fazia com as mãos. Quando se aproximou da paragem ao pé da sua casa levantou-se e puxou o cordel. Caminhou até à porta, inspirou e soltou com um grande sorriso para o motorista – Tenha uma boa noite – e quando desceu as escadas já ia novamente a dançar e a cantar:
- I'm singing in the rain. Just singing in the rain. What a glorious feeling I'm happy again. I'm laughing at clouds so dark up above. The sun's in my heart and I'm ready for love. Let the stormy clouds chase. Everyone from the place come on with the rain. I've a smile on my face. I'll walk down the lane with a happy refrain. Singing, singing in the rain.
Aquela música sempre lhe trouxe boas recordações, ou pelo menos havia construído boas memorias com ela. Mas sem dúvida que aquela música pertencia à Avenida dos Combatentes... com os candeeiros amarelos, os velhos a passear os cães, uma casa colorida, uma amiga e um amor... Estava na porta do seu prédio. Olhou para a rua, mas estava deserta e os candeeiros não eram os mesmo. Suspirou e murmurou baixinho – I’m dancing and singing in the rain – e um ligeiro sorriso abriu no seu rosto.
Durante a viagem imaginou que toda a gente o acompanhava, que toda a gente cantava com grandes sorrisos nos rostos e com grande alegria na alma. Mas na verdade ia tudo quieto, a pensar nas coisas da vida, um rapaz mais à frente ia lendo um livro de poesia, uma senhora ouvia música e um rapazinho ia muito concentrado nos ritmos que fazia com as mãos. Quando se aproximou da paragem ao pé da sua casa levantou-se e puxou o cordel. Caminhou até à porta, inspirou e soltou com um grande sorriso para o motorista – Tenha uma boa noite – e quando desceu as escadas já ia novamente a dançar e a cantar:
- I'm singing in the rain. Just singing in the rain. What a glorious feeling I'm happy again. I'm laughing at clouds so dark up above. The sun's in my heart and I'm ready for love. Let the stormy clouds chase. Everyone from the place come on with the rain. I've a smile on my face. I'll walk down the lane with a happy refrain. Singing, singing in the rain.
Aquela música sempre lhe trouxe boas recordações, ou pelo menos havia construído boas memorias com ela. Mas sem dúvida que aquela música pertencia à Avenida dos Combatentes... com os candeeiros amarelos, os velhos a passear os cães, uma casa colorida, uma amiga e um amor... Estava na porta do seu prédio. Olhou para a rua, mas estava deserta e os candeeiros não eram os mesmo. Suspirou e murmurou baixinho – I’m dancing and singing in the rain – e um ligeiro sorriso abriu no seu rosto.
1 comentário:
Always singing and dancing in the rain .... or not ......
bring us the good things of life....be happy !!!!
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