Sentaram-se na mesa do canto no café do Paseo, na ala dos fumadores, como era habito. Até chegarem ali a rotina era sempre a mesma, rotina essa pela qual esperavam a semana inteira. Encontravam-se na sala de aula, passavam pela cantina para um cigarro e para comerem qualquer coisa, palmilhavam o campus em direcção à paragem do autocarro, faziam a viagem de regresso que lhes levava em torno de uma hora e dirigiam-se ao café do costume. Na rua fazia um sol abrasador que o vento amenizava com a brisa que corria. E ali ficavam à espera que os outros chegassem. Mas naquele dia mais ninguém apareceu, eram só eles, a loira e o português.
Vinham de mundos diferentes. Ela era paulista e ele lisboeta, mas o curso tinha-os cruzado em Fortaleza, e iria voltar a cruzá-los mais tarde, pelo menos as estrelas indicavam isso. Entre sonhos e desejos ambos estavam destinados a ser viajantes, errantes no mundo, era algo que lhes estava no sangue. O próximo destino seria Lisboa, a cidade branca, onde caminhariam lado a lado entre interrogações e medos do que os esperava. Ambos tinham os corações espalhados pelo mundo.
- E quando partimos fica sempre aquela sensação que deixámos tudo para trás e que não vamos conseguir viver sem... Mas arranjamos sempre estratagemas para o fazer. Afinal fomos destinados a isso, a correr, a chegar e a partir, não podemos fugir a esse destino. Será uma maldição? Será que também fomos amaldiçoados no amor?
Saíram do café e foram até ao supermercado. Era preciso comprar um hidratante para a pele. Descobriram uma marca que, ao invés de dizerem o nome dos cheiros, descreviam os cheiros como desejos. Ambos olharam para o mesmo. Agarraram nele e foram pagar. No rótulo podia ler-se: Desejo de Amar.
Vinham de mundos diferentes. Ela era paulista e ele lisboeta, mas o curso tinha-os cruzado em Fortaleza, e iria voltar a cruzá-los mais tarde, pelo menos as estrelas indicavam isso. Entre sonhos e desejos ambos estavam destinados a ser viajantes, errantes no mundo, era algo que lhes estava no sangue. O próximo destino seria Lisboa, a cidade branca, onde caminhariam lado a lado entre interrogações e medos do que os esperava. Ambos tinham os corações espalhados pelo mundo.
- E quando partimos fica sempre aquela sensação que deixámos tudo para trás e que não vamos conseguir viver sem... Mas arranjamos sempre estratagemas para o fazer. Afinal fomos destinados a isso, a correr, a chegar e a partir, não podemos fugir a esse destino. Será uma maldição? Será que também fomos amaldiçoados no amor?
Saíram do café e foram até ao supermercado. Era preciso comprar um hidratante para a pele. Descobriram uma marca que, ao invés de dizerem o nome dos cheiros, descreviam os cheiros como desejos. Ambos olharam para o mesmo. Agarraram nele e foram pagar. No rótulo podia ler-se: Desejo de Amar.
4 comentários:
O maior desejo da loira no momento é ''hidratar' todo e qualquer sonho de amor. Sua ída até a cidade Branca, com certeza faz parte desse processo que se iniciou nos cafés da ''cidade estranha''.
Somos do mundo, de diferentes partes dele e sim, temos o coração espalhado!
É preciso coragem para sermos que somos, e confesso: estou curiosa para ir adiante!
Quanto aos rótulos, nada mais cabível, que citar piadas de portugueses e loiras, melhor q isso, somente uma piada envolvendo ambos!!!
Te Amo.
pedregulho cade voce? me manda um email queria falar com voce!!!!
parece-me a mim k o brasil vai fikar a chorar por ti....
vai nada.. o brasil vai com ele!
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