Há dias em que acordo e o mundo simplesmente deu uma grande volta... É então que saio para a rua e reparo que o céu está azul, as pessoas andam vestidas e os carros fazem barulho. Como pode isto ter acontecido? Como deixei as coisas chegarem a isto e ter-me deixado dormir? Mas mesmo surpreso com a ideia de estar calor num dia de sol subo a rua e estranhamente encontro-o. Que surreal! Ainda ontem havia recebido uma mensagem a falar sobre ele. Digo-lhe olá, esboço um sorriso e sigo em frente contudo tenho tempo para reparar que usa o mesmo perfume que eu. Volto atrás e pergunto-lhe, Foste tu que me ligaste e não disseste nada? Do que estás a falar, responde ele. Nada, digo eu, esquece, desculpa ter-te importunado, sê feliz. Sigo pela rua fora até ao comboio a ponderar as possibilidades matemáticas da existência de coincidências. E se as coincidências são muitas deveremos duvidar delas enquanto coincidências? Existirão mesmo coincidências ou somos simplesmente nós a criar ilusões onde elas não existem, a criar vendas para os olhos para tapar as coisas mais óbvias?
Quando me sento no banco do comboio já penso no destino e nas coisas que nos estão pré-destinadas a acontecer. Mas ao ouvir o ruído do comboio tomo consciência de que supostamente estou destinado a ir até ao cais do Sodré a não ser que saia antes. Mas se o destino nos leva para onde devemos estar como terei eu livre arbítrio? E será que o destino nos leva até às coincidências, ou simplesmente nos leva a abrir os olhos e a ver a realidade e nós é que nos limitamos a dizer... ah... foi coincidência? Já no cais do Sodré apercebo-me que este tempo todo tenho andado a passar por parvo nas mãos de alguém que me faz acreditar em coincidências... (quando é tudo tão óbvio) e o mais triste é que me deixo consumir. Será o amor também uma coincidência?
Saí da estação e o céu estava verde, as pessoas nuas e os carros deslizavam silenciosamente... finalmente um pouco de realidade!
Quando me sento no banco do comboio já penso no destino e nas coisas que nos estão pré-destinadas a acontecer. Mas ao ouvir o ruído do comboio tomo consciência de que supostamente estou destinado a ir até ao cais do Sodré a não ser que saia antes. Mas se o destino nos leva para onde devemos estar como terei eu livre arbítrio? E será que o destino nos leva até às coincidências, ou simplesmente nos leva a abrir os olhos e a ver a realidade e nós é que nos limitamos a dizer... ah... foi coincidência? Já no cais do Sodré apercebo-me que este tempo todo tenho andado a passar por parvo nas mãos de alguém que me faz acreditar em coincidências... (quando é tudo tão óbvio) e o mais triste é que me deixo consumir. Será o amor também uma coincidência?
Saí da estação e o céu estava verde, as pessoas nuas e os carros deslizavam silenciosamente... finalmente um pouco de realidade!