Como poderiam as pessoas alguma vez perceber? Estavam demasiado embrenhadas nas suas próprias vidas, nos seus próprios conceitos, nas suas próprias experiências, nos seus próprios sentires. Mas não se retirava de todo desse panorama, pois também ele carecia do mesmo problema. Contudo, vivia na pele as mais terríveis chagas e mazelas. E isso ninguém lhe podia retirar pois as marcas eram visíveis. Podiam simplesmente tapar os olhos, vedar-se ao que viam, sentiam, percepcionavam, achar subterfúgios para toldar os olhos e a mente mas nunca podiam fugir ao que era real. E ele sabia disso, que não valia a pena esconder-se mais atrás do pano, atrás das mascaras, atrás das imaginações. Isso não era viver, era morrer aos poucos para um dia acordar e pensar – qual o sentido de tudo isto?
E, finalmente, escolheu a verdade. Mas a verdade destruiu o seu mundo. A verdade trouxe desilusões, ódios, finais infelizes, hipocrisias, lamentos, despedidas e o que ficou? Ficou ele, sozinho, habitando uma casa vazia. E tudo isso alterou-lhe, em muito, todos os conceitos de vida, de amor, de amizade. Ficou a pensar em como seria o virar da página, o iniciar de uma escrita numa folha em branco, sem parágrafos antecedentes a não ser o da sua própria desilusão, pois iludido não estava mais.
Fica – mas isso não lhe era permitido pedir!
E, finalmente, escolheu a verdade. Mas a verdade destruiu o seu mundo. A verdade trouxe desilusões, ódios, finais infelizes, hipocrisias, lamentos, despedidas e o que ficou? Ficou ele, sozinho, habitando uma casa vazia. E tudo isso alterou-lhe, em muito, todos os conceitos de vida, de amor, de amizade. Ficou a pensar em como seria o virar da página, o iniciar de uma escrita numa folha em branco, sem parágrafos antecedentes a não ser o da sua própria desilusão, pois iludido não estava mais.
Fica – mas isso não lhe era permitido pedir!