“As palavras são aquilo que nos mata”, pensou. “Nunca ninguém entenderá porque as proferimos ou porque as escrevemos. Nunca ninguém as lerá da forma que queremos. As palavras são viajantes. Olha-se para elas e nunca se sabe ao certo de onde surgem ou para onde vão. Ninguém as vê como simplesmente palavras. Tentam descodificar o que não tem código. Ninguém as entende no seu estado puro, ninguém as reconhece. São sombras passageiras a precisar de um lugar. Mas elas vivem bem sem esse lugar...
As palavras são como as pessoas. Por mais que as ouçamos, nunca vamos perceber a verdadeira questão. Pois ninguém sabe exprimir aquilo que realmente quer dizer. O sentimento passa para lá da verbalização. Sente-se com todos os sentidos. É preciso cheirar, saborear, ver, ouvir, tocar...
As palavras são como o silêncio. Não falam. Perturbam. Desassossegam as mentes mais pacíficas. E quando se descobre que as palavras são apenas palavras... o que resta?” Deixou-se a olhar para um velho livro de escritos seus. De que serviriam todas aquelas palavras escritas a caneta esferográfica preta? Quem as fosse ler iria sempre buscar aquilo que não estava lá.
As palavras são como as pessoas. Por mais que as ouçamos, nunca vamos perceber a verdadeira questão. Pois ninguém sabe exprimir aquilo que realmente quer dizer. O sentimento passa para lá da verbalização. Sente-se com todos os sentidos. É preciso cheirar, saborear, ver, ouvir, tocar...
As palavras são como o silêncio. Não falam. Perturbam. Desassossegam as mentes mais pacíficas. E quando se descobre que as palavras são apenas palavras... o que resta?” Deixou-se a olhar para um velho livro de escritos seus. De que serviriam todas aquelas palavras escritas a caneta esferográfica preta? Quem as fosse ler iria sempre buscar aquilo que não estava lá.
1 comentário:
Este é o sentimento que tantos e tantos têm e nunca o conseguiram expôr.
Poucas vezes, tão bem, se escreveram palavras para falar de palavras.
Este texto é notável...tal como tu, Chuvisco.
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