“Procuro a beleza do amor. A possibilidade de amar alguém. Sentir a necessidade de depender de alguém por amor. Ser capaz de fazer loucuras em nome de alguém que eu ame. Quero que alguém me ensine a fazer amor. Que me ame. Construir uma paixão. Amar. Desfrutar. Apaixonar-me. Viver a vida tal como ela não é. Encantar o mar. Soltar a voz ao ser que eu amo. Amar e ser feliz. Ser muito feliz. Adoro a felicidade. O amor vem por acréscimo. Crescer no amor. Crescer na paixão. Amar e ser amado. Muito amado e cantar. Cantar e bailar perdidamente. Encantar alguém. Fascinar esse alguém. Desfrutar da sua voz. Do seu calor. Do seu amor. Quero um destino assim. Um destino cheio de amor e felicidade. E queria que todos soubessem que fui feliz. O meu testamento seria a felicidade que vivi. Quero viver aventuras. Muitas aventuras. Grandes aventuras com o meu amor. E este amor que não acabe. Que dure por muitos anos. Que dure para sempre. E que não seja só uma ilusão. Quero morrer feliz e ao lado de alguém que eu possa amar livremente e sem pudor. Sem a repreensão de amar. Quero que todos saibam quem amo. Que todos saibam que sei amar…”
Janeiro de 2002
"O amor. Que é feito dele? Quem o tem? O que é? O que não é? Quem sou eu para desistir de amar alguém? E o amor começa a ser uma palavra enjoativa, carcomida pelo tempo, desviada de todo um propósito. Geneticamente mudada, os seus componentes tornaram-se mutantes. E quem deseja viver um passado glorioso só o encontrará nos livros dos pobres ratos de biblioteca. E assim se evapora mais um final glorioso. Devíamos dar nome ao amor dos nossos antepassados. A palavra amor significa, hoje, aquilo que não significava ontem. E a destruição da nossa língua é uma coisa permanente. Seria de bom-tom mudar então o passado. E amor seria delinquência. E amor foi delinquência.”
Agosto de 2005
Janeiro de 2002
"O amor. Que é feito dele? Quem o tem? O que é? O que não é? Quem sou eu para desistir de amar alguém? E o amor começa a ser uma palavra enjoativa, carcomida pelo tempo, desviada de todo um propósito. Geneticamente mudada, os seus componentes tornaram-se mutantes. E quem deseja viver um passado glorioso só o encontrará nos livros dos pobres ratos de biblioteca. E assim se evapora mais um final glorioso. Devíamos dar nome ao amor dos nossos antepassados. A palavra amor significa, hoje, aquilo que não significava ontem. E a destruição da nossa língua é uma coisa permanente. Seria de bom-tom mudar então o passado. E amor seria delinquência. E amor foi delinquência.”
Agosto de 2005
7 comentários:
2005, tinham uma relação com alguem que dizias amar e que te amava. É um bocado mau pensar que essa pessoa que estava contigo possa ler isto.
Toda a minha vida questionei o amor. Contudo, nunca questionei aquilo que amo.
Como é que se sabe aquilo que se ama se não se sabe o que é o amor?
O amor dá-se, recebe-se, sobretudo sente-se.
Maria, concordo plenamente quando dizes que o amor dá-se, recebe-se e sente-se. Mas quando duas pessoas que se amam muito não estão juntas o que é então o amor? Porque não se deixa de o dar de o recber e de o sentir. Mas como é tudo tão mais complicado que isto fico-me por aqui.
Caro Pedro
o teu texto, subdividido em duas partes, entendi-o como uma evolução negativa do acto de amar, a qual infelizmente terei que aceitar.
Mas no teu segundo comentário, perguntas se se pode chamar amor a um relacionamento em que as duas pessoas não estão juntas; posso afirmar-te seguramente que sim...
Abraço.
Meu querido Pinguim, entendi o teu comentário porque conheço a tua história. Mas quando aqui eu digo não estarem juntas é mesmo não estarem juntas de que maneira seja. Sem contacto, sem nada.
Nesse caso não se dá, não se recebe mas sente-se. Nesse caso o amor é dor.
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